Crítica: As Tartarugas Ninja

Crítica: As Tartarugas Ninja

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Seguindo a onda de falta de idéias originais Hollywood olha para trás e escolhe por modernizar antigos sucessos, adequando-os a uma nova geração e, por consequência, uma nova platéia. E inevitavelmente algum gênio olharia para trás e se lembraria do sucesso do início dos anos 90 onde 4 carismáticos quelônios ganhavam as telonas e as telinhas e o coração de uma geração. Mas desde então “As Tartarugas Ninja” nunca repetiram o sucesso, mesmo ganhando uma nova chance com um longa animado em 2007. E o que essa nova versão live-action nos traz de novo ?

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Aqui conhecemos a esforçada repórter do canal 6 April O’Neil (Megan Fox), que luta para conseguir um espaço como profissional de respeito, cobrindo os inúmeros assaltos e a constante ameaça do Clã do Pé pela cidade ao invés das matérias constrangedoras que lhe passam, junto com o seu câmera Vern Fenwick (Will Arnett). Foi quando, cobrindo secretamente um assalto do Clã, ela se depara com 4 guerreiros que derrotam o Clã e se entitulam As Tartarugas mutantes adolescentes Ninja: O líder Leonardo (Pete Ploszek/Johnny Knoxville), o rebelde Raphael (Alan Ritchson), o nerd Donatello (Jeremy Howard) e o abobalhado Michelangelo (Noel Fischer). April e a tartarugas descobrem um terrível plano do líder do Clã do Pé, o Destruidor, que afetará toda Nova York.

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Quem conhece os personagens em seu formato original, dos quadrinhos, sabe que o tom é muito mais violento do que o estilo adotado nas primeiras adaptações dos cinemas. Eu não queria ver um filme altamente violento, mas de cara não gostaria de um filme voltado unicamente para o público infantil, caminho que o diretor Jonathan Liebesman e o produtor Michael Bay escolheram, até por “motivo$ óbvio$”. O novo visual das tartarugas não funciona, eles estão enormes para se dizerem “ninjas”, a cena deles tentando ser sorrateiros para não serem descoberto pelo seu mestre, Splinter (Danny Woodburn/Tony Shaloulb), é a prova disso. As características não foram bem definidas, com exceção do estilo “estou sempre p**o com a vida” do Raphael e o divertido Michelangelo, o melhor personagem do filme (e pra mim é dificil dizer isso, nunca gostei muito dele). Leonardo não foi definido como líder em nenhum momento da trama, e Donatello foi simplesmente esquecido, só tava ali pra compor o quarteto.

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A trama não é difícil e nem exige tanto do espectador, mas é mal trabalhada e a April da Megan Fox nem é o problema.  O fato do vilão ter treinado artes marciais a vida toda e preferir usar pistola ao invés de usar tais habilidades é um desses vacilos, e ainda usam de clichês batidos, como unir a origem do herói e do vilão, que mais parece um vilão dos Power Rangers. Mas o filme tem boas cenas de ação e um 3D interessante, principalmente nas duas maiores sequências do filme.

Não é necessário a extrema violência dos quadrinhos para se fazer um bom filme, basta encontrar o equilíbrio entre boa trama e boa ação (fator que o filme falha completamente) e teremos um filme super divertido, um filme que dá o devido respeito que As Tartarugas merecem e há tempo não recebem, por achar que eles são personagens infantis. Só me resta esperar pela sequência confirmada e “vão ninjas, vão ninjas vão !”

 

Teenage Mutants Ninja Turtles, EUA, 2014, 101 min.

Elenco: Megan Fox, Alan Ritchson, Pete Ploszek, Jeremy Howard, Noel Fischer, Danny Woodburn, Tony Shaloulb, Johnny Knoxville, Will Arnett, Whoppi Goldberg, William Fichtner.

Direção: Jonathan Liebesman.

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