Crítica: Maze Runner – Prova de Fogo

Crítica: Maze Runner – Prova de Fogo

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Os estúdios  vêem tentando emplacar uma nova aventura infanto-juvenil desde o vácuo deixado por Harry Potter. Alguns como Percy Jackson e As Cronicas de Nárnia não foram bem sucedidas. Aliás, a própria Fox, responsável pelos dois citados (Nárnia começou sendo Disney, mas no último filme foi passado para a Fox) e também de Eragon, vem se esforçando para tentar entrar nesse nicho. Agora com franquias como Jogos Vorazes se encerrando, ela finalmente consegue emplacar uma que, mesmo não tendo o nível, tanto de elenco quanto de produção, dos Jogos, se torna um grande entretenimento para a garotada.

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No primeiro filme deixamos Thomas (Dylan O’Brien) após ele, Teresa (Kaya Scodelario) e os outros sobreviventes saírem do labirinto e serem resgatados. Começamos aqui momentos depois, quando eles chegam em seu destino, uma instalação liderada por Janson (Aidan Gillen), que lhes promete proteção e um recinto seguro. Mas Thomas descobre que tudo não passa de uma armação e todos fogem, enfrentando o deserto atrás de algum refúgio onde estejam realmente seguros da CRUEL.

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A sequência aumenta tudo imposto pelo primeiro filme, a começar pelos desafios enfrentados pelos personagens. Quando antes tinham no labirinto um ambiente no mínimo sob controle, agora enfrentam um enorme deserto com todo o tipo de provações. Pela primeira vez vemos flashes sobre o que aconteceu com a humanidade, na medida em que Thomas vai recuperando a sua memória, e quanto mais eles avançam no deserto, vemos o quão ruim está a situação. O filme brinca muito com a situação de cenário pós-apocalíptico e entrega enormes sustos que, se estiverem desprevenidos, com certeza vão te fazer pular da cadeira.

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O elenco mantém o mesmo nível de atuação do primeiro filme, com O’Brien fazendo inúmeras caras e bocas, e às vezes não conseguindo segurar o ritmo do filme. Ritmo que aqui é bastante prejudicado. O primeiro filme tinha um tom mais enérgico, talvez pela sua edição, mas aqui há momentos bastante cansativos, mesmo com boas sequências de ação. Os 132 minutos, 19 a mais que o primeiro filme, não foram bem distribuídos. Mas aqui há muito mais história para se contar, geralmente papel que faz parte dos filmes do meio de uma trilogia, então é esperado muito diálogo. E rola uns vacilos também que personagens são simplesmente esquecidos na trama.

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O 3D não entrega nada de especial, pelo contrário, é totalmente desnecessário, mas Maze Runner – Prova de Fogo mantém o nível do primeiro filme e entrega uma boa história, excelente ação, que com certeza vale a conferida e diverte tanto a garotada juvenil que gosta dos livros de James Dashner quanto ao público em geral que só quer assistir a um bom filme.

 

Maze Runner – The Scorch Trials, EUA, 2015 – 132 min.

Elenco: Dylan O’ Brien, Kaya Scodelario, Ki Hong Lee, Thomas Brodie-Sangster, Giancarlo Esposito, Aidan Gillen, Lili Taylor, Patricia Clarkson.

Direção: Wes Ball

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