Crítica: Need For Speed

Crítica: Need For Speed

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O filme Need For Speed é uma grande homenagem à série de jogos de mesmo nome. Uma das coisas que mais chamam a atenção, tanto pelo estilo de filmagem quanto pela aproximação com o game, é que 80% do longa se passa dentro de um carro, em uma corrida ou em uma perseguição. E na maioria das vezes em que isso acontece, é empolgante de assistir.

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A primeira coisa a dizer sobre Need for Speed é que provavelmente apenas os fãs do game irão gostar do filme, afinal a produção foi feita para eles. O público no geral, os fãs de carros e filmes de corrida talvez não gostem muito. O roteiro é fraco e pouco explorado, e fica bem óbvio que o importante são as corridas e o modo como elas são apresentadas na telona. E nisso o filme não deixa nem um pouco a desejar.

Os vários ângulos de filmagem, visão do motorista, muitas coisas interessantes podem ser observadas na forma em que essa produção foi filmada. As cenas beiram a perfeição e não deixam aquela sensação de que os pilotos estão andando devagar para fazer as manobras ou que foram aceleradas durante a edição.

Os fãs e o público geral se sentirão dentro de um vídeo game em grande parte do filme, e claro, os conhecedores do game identificarão o barulho dos motores, os carros tunados, os drifts, a visão de dentro do carro, os carros esportivos mais rápidos do mundo, as pistas e talvez até algumas perseguições retiradas com competência do jogo.

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O filme gira em torno de Tobey Marshall (Aaron Paul), um mecânico que compete com carros de alta potência em um circuito não oficial de corridas de rua. Em sua luta para manter a oficina de sua família funcionando, Tobey hesitantemente se associa ao rico e arrogante ex-piloto da NASCAR Dino Brewster (Dominic Cooper). Quando Tobey está prestes a fechar uma grande venda com a revendedora de automóveis Julia Bonet (Imogen Poots) que poderia salvar sua oficina, uma corrida desastrosa permite que Dino monte uma armadilha e culpe-o por um delito que ele não cometeu, e pelo qual Tobey é enviado a prisão.

Dois anos depois, Tobey é libertado e começa uma busca por vingança, mas sabe que a única possibilidade de destruir seu rival, Dino, é derrotando-o na pista de alto risco conhecida como De Leon: a competição mais emblemática do circuito de corridas clandestinas. Para atingir seu objetivo em tempo, Tobey deverá superar um desafio cheio de ação, que incluirá escapar da perseguição de policiais de costa a costa e fazer frente a uma recompensa perigosa que Dino ofereceu por seu carro. Com a ajuda de sua leal equipe e da surpreendentemente engenhosa Julia, Tobey supera obstáculos a cada passo.

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Diante de tanto clichê em seu roteiro, a produção sempre coloca algum carro incrível em frente às câmeras e faz ele correr bastante para dispersar a atenção da história precária.

Aaron Paul (Breaking Bad) vive o protagonista Tobey Marshall e representa bem o seu papel. O ator deixa de lado as características de seu personagem Jesse Pinkman e atua de forma convincente, ainda que seu papel não seja lá muito interessante.

Outra coisa que chama a atenção é que não há muitas cenas mentirosas nesse filme, assim como nos jogos, o filme esquece as leis de trânsito e principalmente os bons modos ao volante. Portanto, Tobey dirige no meio do trânsito, batendo em carros de polícia e colocando em risco a vida dos outros motoristas e pessoas.

O filme retrata bem a beleza dos carros e a irracionalidade de quem os ama. Aos amantes de velocidade, é isso que verão. Pura adrenalina, empolgação e algumas cenas engraçadas garantem um bom entretenimento.

 

Need for Speed, EUA, 2014 – 132 min.

Elenco: Aaron Paul, Dominic Cooper, Imogen Potts, Scott Medusci, Michael Keaton.

Direção: Scott Waugh

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