Crítica: Os Homens Que Não Amavam as Mulheres

Crítica: Os Homens Que Não Amavam As Mulheres

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Eu sempre, ou quase sempre, começo o post com um aviso engraçado. Dessa vez Tia Andy vai ensinar a não julgar o livro pela capa, ok? Recebi um comentário uma vez bem revoltadinho de filho único dizendo que eu deveria ser o tipo de pessoa que não vê muita coisa. A parte engraçada? Vi os dois filmes (O sueco, e esse da crítica) e li a trilogia Millenium completa… tá bom pra você? Pois então, vos dedico essa crítica de Os Homens Que Não Amavam as Mulheres, pra mostrar que não é porque a pessoa ama desenhos e filmes leves que ela não possa ver outra coisa. Vamos expandir nossas mentes, amiguinhos!

A história de Os Homens que Não Amavam as Mulheres é uma das mais bem narradas que eu já li; e o filme não decepcionou. A história central é sobre um jornalista investigativo, Mikael Blomkvist, que após revelar um escândalo vai parar na justiça e perde toda a sua credibilidade. Então, ele recebe uma ligação e é contratado por um ricaço influente da Suécia, Henrik Vanger, que deseja que Mikael desvende um mistério que o assombra há mais de quatro décadas: O desaparecimento de sua sobrinha Harriet, com na época apenas 16 anos. Paralelamente a essa trama, começamos a conhecer a brilhante hacker e nem um pouco sociável (e que eu sou só corações ao alto) Lisbeth Salander (que ficou IDÊNTICA à descrição do livro, tanto fisicamente quanto maleficamente).

A história começa a se desenrolar quando Mikael se aprofunda na história do desaparecimento de Harriet, e descobre que todos os suspeitos são da própria família (que são um bando de malucos esquisitos, compondo o elenco temos até um nazista) da desaparecida, Os Vanger (Quem nunca quis matar um parente, né gente?). Mais uma vez em paralelo, nos aprofundamos na história de Lisbeth, que sofre um bocado na mão de seu novo tutor, que é um horror e só libera seu dinheiro em troca de favores sexuais. MÃÃÃS, Lisbeth não é uma garota qualquer, e após ser estuprada por ele, ela simplesmente… Vinga-se do porco estuprador. E com muito estilo e bastante maldade! (Sem mais detalhes, as cenas são BEM pesadas, não seria legal eu descreve-las pra vocês. Vão ao cinema, menores de 16 anos acompanhados, e vejam por si mesmos).

Tudo fica ainda mais interessante quando a dupla Miakel e Lisbeth passam a trabalhar juntos no mistério de Harriet. E agora chega de descrição porque né, mistério é bom e todos gostam.

Daniel Craig ficou ótimo como o Mikael, ficou sexy na medida e incorporou toda a astúcia e envolvimento do personagem. Rooney Mara ficou sensacional como Lisbeth não decepcionou em absolutamente nada, não ficou forçada e trouxe a vida uma das personagens literárias das quais eu pago mais pau. Ótima sacada do diretor em deixar a história se passar na Suécia, e não mudar ela pro EUA… simplesmente ia detonar as belas paisagens, e o clima frio que deixa tudo mais interessante! O filme é inteligente, cheios de personagens interessantes, muita ação e te envolve desde os créditos (que sério, são muito legais) até ao final… em que todo mundo fica se perguntando: Quando vai sair o filme 2?

Uma das melhores adaptações de livros para filmes. Meus cumprimentos ao chef!

 

Título Original: The Girl With The Dragon Tattoo
Direção: David Fincher
Elenco: Daniel Craig, Stellan Skarsgård, Rooney Mara, Robin Wright, Christopher Plummer, Embeth Davidtz, Joel Kinnaman, Joely Richardson, Goran Visnjic, Julian Sands.
Duração: 152 min.

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