Crítica: Um Divã para Dois

Crítica: Um Divã para Dois

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Galera filmes românticos não tem muito mistério, o que os diferencia são as diferentes maneiras que eles vão chegar no seu “final feliz””. O lance é que a maioria desses filmes é mostrado do ponto de vista de um casal jovem, provavelmente inexperiente num compromisso sério até que eles atingem a maturidade necessária pra isso, mas em Um Divã para Dois (Hope Springs), vemos que os problemas não chegam só quando somos recém casados, mas também que podem surgir numa relação muito bem estabelecida.

No filme conhecemos Kay (a Dama de Ferro Meryl Streep), dona de casa que percebe que após 30 anos sua relação com o marido Arnold (o Homem de Preto Tommy Lee Jones) está mais do que desgastada, ela simplesmente perdeu a mágica e a cumplicidade, ao ponto dos dois serem quase dois estranhos na mesma casa. Não aceitando essa situação ela acha na biblioteca um livro do Dr. Bernie  (o segundo Todo Poderoso Steve Carell) e disposta a recuperar “a velha chama”, Kay arrasta Arnold pra pequena cidade de Hope Springs, participar das sessões do psicólogo e salvar seu casaamento.

Cara, embora o filme seja um tanto morno, as atuações do trio principal são hilárias, em especial as cenas das sessões de terapia. Ver o desconcerto de Kay e Arnold ao serem bombardeados pelas perguntas do Dr. Bernie é muito engraçado, em especial os resmungos de Arnold, mas além disso não resta muita coisa. Não entendi até agora o que foi aquela ponta da Elizabeth Shue como a atendente no Bar, apenas pra constatar algo que já era evidente no filme. Ela podia ser melhor aproveitada (e tá inteirona ainda, vejam só). E não é que o diretor David Frankel tenha feito um mal trabalho, só acho que com o tema abordado realmente não havia muita coisa a ser feita.

Pois bem, Um Divã para Dois é mais um daqueles filmes “água com açucar”, mas ele até que se sobressai no seu meio, até com o seu final já esperado (embora eu pensei que o filme fosse verter para o outro lado) mais uma vez graças as atuações de Streep, Jones e Carell. Se você estiver “devendo a patroa” ou estiver pensando em “rever a relação”, pode usar esse filme pra levantar algumas questões sobre a sua própria, ou se só estiver afim de ver um bom passatempo, esse filme vai te prestar bem. Mas nada além disso.

 

Hope Springs, EUA, 2012 – 100 min.

Elenco: Meryl Streep, Tommy Lee Jones, Steve Carell, Elizabeth Shue.

Direção: David Frankel

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