Resenha: Como se Tornar um Conquistador

Resenha: Como se Tornar um Conquistador

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A nossa crítica foi feita pelo nosso colaborador Arthur de Paiva Napoleão, um apaixonado por aprender e criar. Atualmente aprendendo e criando em marketing digital e se aventurando no mundo do cinema e da música. Sol em Game of Thrones, Ascendente em House of Cards e Lua em O Curioso Caso de Benjamin Button.

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Um filme para toda a família é o que você pode esperar de “Como se tornar um conquistador” (ou How to be a Latin Lover no original). Após décadas como o clássico “amante latino” caçador de mulheres mais velhas, Maximo (Eugenio Derbez) se vê envelhecido e abandonado pela rica esposa. A partir desse momento o protagonista se envolve em uma série de aventuras. O objetivo? Conquistar outra mulher mais velha e rica para voltar ao padrão de vida perdido. No caminho precisa morar com sua irmã mais nova, Sara (Salma Hayek), e seu sobrinho Hugo (Raphael Alejandro).

Esse núcleo familiar dá o tom para todo o filme. Sem a química do trio ou a qualidade de cada um seria um filme chato especialmente porque é, em grande parte, uma história bem previsível. Com Maximo temos momentos divertidos e leves, com Sara vemos a luta e a sutileza comumente associadas a figura da “mãe hispânica” e Hugo guia o filme pela ótica da criança inocente e cheia de personalidade.  Aliás, Alejandro faz grande estreia e rouba a cena em diversos momentos com a dose perfeita de doçura e energia para a tela. As cenas da dupla Maximo-Heitor sempre são recheadas de humor inteligente. Um destaque nessa dinâmica é o vai e volta entre inglês e espanhol nas discussões familiares. Um retrato bem fiel de como é a interação em famílias de ascendência hispânica e um realce bem vindo nas cenas de humor mais “pastelão”.

Reforçando a performance do trio principal temos boas participações de Rob Lowe (como o gigolô melhor amigo de Maximo), Kirsten Bell, Rob Riggl (da comédia “Anjos da Lei”) e Rob Corddry. O filme poderia ter menos sub-tramas, mas essas participações agregam bastante em variedade e humor. A personagem de Bell, uma cuidadora fanática de gatos e que vive sendo machucada pelos felinos. Provavelmente foi uma das performances que mais arrancou risadas.

E indo além do humor “pastelão” temos a evolução de Hugo, Sara e Maximo como o núcleo da história. Chegamos ao final e vemos como a família foi importante para que ambos resolvam traumas passados, e ela se afirme mais como a mulher poderosa que é e ele amadureça e reconheça o valor daquelas pessoas em sua vida. Justamente pela qualidade do trio e pela simplicidade da história pode-se dizer que é um ótimo filme para ver com a família em uma tarde de visita ao cinema.

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