Resenha: Eu Queria Ter a Sua Vida

Resenha: Eu Queria Ter a Sua Vida

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Quem nunca viu uma comédia que rola troca de corpos? Partindo de uma ideia já mais do que batida, Eu Queria Ter a Sua Vida não vale a ida pro cinema, por mais que o elenco até tente.

A história mostra a difícil vida de Dave (Jason Bateman, de Quero Matar meu Chefe), recentemente pai de gêmeos que berram às 4 da matina. Apesar da boa vida, ele sente falta das coisas simples de alguém que não tem todas essas responsabilidades. Do outro lado da moeda, está seu melhor amigo Mitch (o Lanterna Verde Ryan Reynolds), seu completo oposto, eterna criança sem nenhuma responsabilidade aparente. Durante um encontro, ambos, já bêbados, confessam que invejam a vida um do outro enquanto mijam numa fonte no meio da praça (aqui isso dá cadeia!) e no dia seguinte a troca está feita. Aí começa um festival de piadas grosseiras e exageradas, ainda que eu as defenda porque serve para nos mostrar que a vida de um não é o mar de rosas que o outro imaginava. Mitch vê que Dave não tem a vida de casado perfeita ao lado de sua linda esposa Jamie (Leslie Mann) e embora Dave veja Mitch com inveja de sua falta de responsabilidade, não é bem assim que a coisa toca. O resto você já pode imaginar, cada um, vendo a situação “de fora”, aprende mais sobre si mesmo e corre para consertar tais falhas e chegamos, assim, ao fim.

Bateman e Reynolds mandam bem em seus papéis originais e trocados. Aliás, o elenco todo é tranquilo, até mesmo uma Olivia Wilde (Cowboys & Aliens) pra ficar de vitrine funciona, mas acho que o problema é o roteiro. Como já disse, o exagero das situações causadas para ser engraçado, na verdade chega a causar até certo incômodo e, como também já disse, ninguém mais aguenta filmes de trocas de corpos. A começar pela própria troca. Mijar numa fonte? Por favor, se isso causasse alguma forma de troca de verdade, no carnaval ninguém mais estaria em seu próprio corpo, uma situação totalmente forçada. Nem chega a explicar se a fonte tem alguma propriedade mágica ou coisa do tipo. O nacional Seu Eu fosse Você pelo menos se dá ao trabalho e joga a culpa nos planetas e seus alinhamentos.

No fim, apesar do pesares, o filme diverte, mas de boa, não sei se chega a ser motivos para enfrentar o preço do cinema. Mais jogo é esperar pelo DVD e se divertir em casa mesmo.

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