Resenha: Super 8

Resenha: Super 8

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A ideia de J.J Abrams, o cara por trás de Super 8, era homenagear o clássico ET – O Extraterrestre e a época de filmes simples com ideias simples. E posso dizer que Super 8 até supera seu homenageado em vários aspectos.

Vamos começar com a trama, que se passa em 1979 e mostra o garoto Joe (Joel Courtney) ajudando os amigos a gravar um filme em uma estação de trem quando ocorre um acidente, e eles acabam, sem querer, registrando em sua câmera Super 8. Depois disso, começam a acontecer misteriosos desaparecimentos na pequena cidade de Lilian, em Ohio. Em meio a esses desaparecimentos e a intervenção do exército, Joe tem que lidar com uma relação mal resolvida com seu pai (Kyle Chandler), seu amor juvenil por Alice (Elle Fanning), filha de um vizinho por quem seu pai tem um ódio mortal.

Em meio a esse caldeirão todo surge o famigerado monstro, e aí o filme lembra muito Cloverfield. De modo muito habilidoso para manter o suspense e a curiosidade da platéia, nunca chegamos a ver o monstro de fato, apenas na parte final. Aliás, Abrams consegue mostrar uns planos de câmera que tornam o filme extremamente bem conduzido e lhe dão um ritmo super ágil. Seu roteiro nunca deixa uma ponta solta ou pergunta sem ser respondida, nunca se prendendo a clichês e coisas do tipo. Até quando entra em cena as lições de vida e o típico “final feliz” da mão de Spielberg, Abrams o faz sem pieguices mas emocionando tanto quanto seu homenageado.

Seu elenco está excelente, o grupo de garotos é muito divertido e apesar de se cagarem de medo, entram de cabeça na aventura. Mas tem dois atores em especial que vou destacar aqui. Primeiro, Kyle Chandler no papel do pai delegado. Acho que por não ser tão popularmente conhecido, mas tendo um nome, ele trouxe muita credibilidade ao papel, principalmente nos momentos mais tocantes. E segundo, Elle Fanning. Assistir cada cena dela é um colírio para os olhos.

Com Super 8, Abrams mais uma vez consegue o que eu acho que nunca iria conseguir: se tornar melhor que seu predecessor. Hoje só gosto de Star Trek por causa dele, seu filme pra mim é infinitamente melhor que a série (que venham as pedradas), e com Super 8 não foi diferente. Ele conseguiu fazer um filme apaixonante e ser um Spielberg sem as pieguices desmedidas do próprio. Ah, e não percam a cena pós-créditos, uma acidental (e hilária) homenagem à “Pepa Filmes”!

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