Primeiras Impressões: Heroes – Reborn

Primeiras Impressões: Heroes – Reborn

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Lá se vão nove anos desde que, pelas mãos de Tim Kring, chegou à televisão a série de um grupo de pessoas ordinárias capaz de fazerem coisas extraordinárias. Sua primeira temporada foi um hit e revelou Zachary Quinto como o excelente vilão Gabriel “Sylar” Grey, e vários conceitos interessantes. Mas arcos cada vez mais confusos e enfadonhos e dramas cada vez mais chatos foram diluindo a audiência até o cancelamento na sua quarta temporada, em 2010. Agora, com a onda de revivals que atingiu os cinemas chegando à TV, Heroes: Reborn promete trazer de volta tudo aquilo que a primeira temporada foi e o que as seguintes poderiam ter sido.

Logo de cara, o episódio duplo mostra que, apesar de ser um renascimento, ela não se esquece das suas origens, e nem dos personagens que estiveram nela e se tornaram tão simbólicos. Ao que tudo indica, uma paz estava para acontecer entre as pessoas normais e os evoluídos, que são chamados de EVO’s. Mas um ataque terrorista acabou com toda e qualquer chance de paz, deixando inúmeros feridos e mortos. Um ano depois, os evoluídos continuam fugindo e se escondendo, e um grupo se mostra capaz de caçá-los um por um para acabar com todos. E acompanhamos tudo isso pelo ponto de vista de Noah Bennett (Jack Coleman), pai de Claire, que agora tenta seguir uma vida normal mas logo se vê no meio de uma nova aventura quando descobre que o mundo está mais uma vez em perigo, e novos heróis, e até o retorno de antigos, serão necessários para salvá-lo.

Tudo aqui traz de volta a sensação de ver o primeiro episódio lá de 2006. Eles não tentaram reinventar a roda, apenas deram sequência na história, ignorando tudo que a tornou ruim (ou seja, talvez só levando em consideração a primeira e o final da quarta temporada), e soltam vários easter eggs que nos remetem à série original, como a própria espada de Takezo Kensei usada por Hiro. O clima das pessoas com poderes, desesperadamente tentando tanto entender o que está acontecendo e ao mesmo tempo entender a si mesmas e o seu lugar naquilo tudo. Mas dessa vez, assim como no surgimento da série, o clima de uma ameaça maior é presente, algo que a série foi esquecendo ao longo dos anos. O elenco está bem legal, mas como todo elenco grande de uma série, também sempre aparecem personagens bastante chatos e intragáveis, como a esposa e parceira do personagem de Zachary Levy. E quanto aos efeitos especiais, apesar do efeito dos poderes ser meio pobre, não prejudicam o todo do episódio duplo.

O retorno de Heroes apresenta um bom ritmo e um bom roteiro, que deixa a pulga atrás da orelha para assistir o próximo episódio, cabendo a ele e aos próximos episódios continuarem o bom trabalho, pois tudo leva a crer que está se formando uma temporada bastante interessante à nossa frente.

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