Resenha: Crossover de Arrow e The Flash

Resenha: Crossover de Arrow e The Flash

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Desde o final do episódio da participação de Barry Allen (Grant Gustin) em Arrow, com o personagem sendo atingido pelo raio que lhe daria supervelocidade, todos esperavam para ver os heróis juntos em uma aventura. E isso virou realidade quando anunciaram um episódio especial para a primeira temporada de Flash e a terceira de Arrow, onde ambos apareceriam um na série do outro. Os episódios foram ao ar essa semana (lá fora) e vamos falar um pouco sobre eles e o que achamos.

The Flash – Flash x Arrow

Na verdade tudo começa no final do sétimo episódio de Arrow, quando Digger Harkness mata um homem em Starling City. Como o time do Arqueiro precisava saber mais sobre o material que é feito o bumerangue que acharam na cena do crime, eles foram aos Laboratórios STAR e acabam ajudando o Flash a derrotar um meta-humano que desperta a raiva nas pessoas. Como o Flash foi hipnotizado pelo vilão, cabe ao Arqueiro trazer o herói de volta ao seu juízo.

O episódio flui muito bem, como aliás toda a temporada do Flash vem se mostrando. A interação entre os personagens de ambas as séries é muito bom, e o senso de universo é muito bem construído, principalmente quando mostra a resistência do detetive West (Jesse L. Martin) e do Dr. Wells (Tom Cavanaugh), e o humor também é muito equilibrado e nada exagerado, como a cena da Felicity (Emily Bett Rickards) que dá o que falar e a reação de Diggle (David Ramsey) ao ver Barry correndo pela primeira vez.

FLASH VS. ARROW

A interação entre os heróis, e o contra ponto entre os dois, é o ponto forte do episódio. Oliver (Stephen Amell) tenta passar a Barry que apesar da boa vontade, é preciso bastante empenho, coisa que Barry não se mostra tão interessado a princípio. Admito que não gosto da ideia de um embate entre heróis, cria aquele lance de fã boy “ah, o Flash é melhor, ah o Arqueiro é melhor, blá blá blá…”, mas aqui toda a circunstância do episódio foi criada para chegar nesse momento. E é uma cena legal e bem conduzida. As porradas do Flash em velocidade são bem feitas.

O mais legal dos crossovers foi que, em ambos os episódios, a essência de cada série não foi mudada. Aqui na série do Flash, o herói continua com os problemas de conciliar a sua identidade com Iris (Candice Patton),  Thawne dando toda a indicação de que virá a ser um problema para o Flash e o final dá uma surpresa e tanto. Mas Oliver também tem a sua cota de surpresas, com um súbito reencontro com alguém do seu passado e um grande easter egg foi deixado (ou será um arco para ser explorado no futuro?).

Arrow – The Brave and the Bold

Em Arrow retornamos ao plot que originou toda a coisa. Digger Harkness vem para se vingar da ARGUS, em especial de Lyla. Agora é hora do Time Flash retribuir o favor e ir a Starling City ajudar o Arqueiro.

O bom aqui é que o roteiro só se concentra em utilizar os personagens que realmente importam para o episódio, então temos uma mínima, quase inexistente, participação de Thea (Willa Holland). E a mudança de clima do episódio é visível. Em Flash tudo é mais leve, aqui tudo tem um clima mais denso, principalmente pelo momento que Oliver está passando. E Barry, por ser um personagem muito mais leve, não lida muito bem com o processo de trabalho do Arqueiro. Aliás, todo o episódio de Arrow serve para mostrar as diferenças entre ambas as séries, algo que já é visível, mas quando ambas estão em conjunto tal diferença se torna gritante. O diálogo dos personagens marcam isso muito bem, principalmente Diggle e o seu receio de estar em um mundo de pessoas com super poderes.

Arrow-e-The-Flash-crossover-20Nov2014-24

O episódio do Arrow é muito mais favorecido do que o do Flash. Tem um vilão melhor, um ritmo melhor e os personagens são melhores usados a favor da trama. Detalhe pro easter egg do Capitão Lance (Paul Blackthorne) confundindo o nome do Barry, chamando-o de Bart Allen (o 2º Kid Flash dos quadrinhos).

O crossover funciona muito bem, ambos os heróis são bem usados e nenhum perde a essência quando está na série do outro, e a química de Amell com Gustin é muito boa, ambos estão muito bem sintonizados com seus personagens e um com o outro, dá gosto de vê-los em cena.

Então o que temos é um episódio de suas partes que funcionam muito bem para as suas séries, mas igualmente ajudam a série um do outro e sem perder as suas próprias características. Esperamos ver mais episódios assim. Quem sabe um grande final de temporada?

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