Resenha: Mortal Kombat Legacy

Resenha: Mortal Kombat Legacy

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Se atores como Sylvester Stallone e Dolph Lundgren representam a época do cinema brucutu, jogos como Mortal Kombat são os seus equivalentes nos vídeo games. Por mais que houvesse uma história de fundo, o que a gente curtia mesmo era a violência e sangue desenfreados no jogo. Mas a série nunca se deu muito bem na tela grande.

Apesar do primeiro filme ser mediano, a sequência consegue estragar tudo (tenho vontade de quebrar o teclado só de lembrar do gelo de isopor do Sub-Zero e Liu Kang virando Dragão na pancadaria final, mas aí não poderia continuar o artigo) e a série que passou na Warner Channel, e posteriormente no SBT, sobre o Kung Lao não ajudou muito. Mas em seu ambiente original as coisas também não corriam as mil maravilhas, com os jogos não atingindo mais aquela satisfação do fãs como costumavam fazer. Um reset em ambas as plataformas era necessário. Nos jogos, resolveram trazer de volta a violência e o sangue que tornaram o jogo tão especial. Mas e nas telas?

A solução viria do modo mais original possível. O diretor Kevin Tancharoen (Fama), com fundos próprios, fez um curta de 8 minutos, intitulado “Mortal Kombat Rebirth”. Com uma abordagem totalmente nova e mais próxima do mundo real, ele mostra uma conversa numa sala de interrogatório entre Jax e Scorpion. O vídeo chamou a atenção dos executivos da Warner que, aproveitando o lançamento do jogo, resolveram bancar a ideia de Tancharoen em uma websérie de 10 episódios, lançados toda terça-feira no Youtube. Ponto para Tancharoen e para a Warner.

Para o diretor, pelo formato da série, que apesar da curta duração dos episódios, é direta ao ponto e bem equilibrada entre a ação – que é mais bruta e real em relação aos filmes (que mais pareciam um balé da Natalie Portman) – e a história. Ele soube manter a essência da história e deu uns toques bem atuais, como o fato de, na série, o Johnny Cage ser um ex-Power Ranger (que deve ser quase como um ex-BBB).

Para a Warner que, visto que uma semana antes do lançamento do primeiro episódio já contava com 5 milhões de acessos, está rindo como o Coringa (ou a Millena. Quem já viu o 4º episódio sabe a que me refiro) e já prometeu lançar esses 10 episódios em DVD e Blu-ray e deve investir em mais webséries.

O elenco está bem legal, com rostos que podem não ser conhecidos pelo grande público, mas são por aqueles que acompanham as séries lá de fora, como Michael Jay White (Spawn, Batman – O Cavaleiro das Trevas) e Ian Anthony Dale (em seu 2º personagem de vídeo game, já que ele fez o Kazuya em Tekken).

Agora ficamos na torcida para que o retorno da série Mortal Kombat para a tela grande venha tão rápido quanto a cordinha do Scorpion ou o golpe de “Superman” do Raiden.

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