Resenha: Saint Seiya Omega

Resenha: Saint Seiya Omega

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Que criança nascida nos anos 90 nunca sequer ouviu falar dos Cavaleiros do Zodíaco? O anime estreou por aqui 18 anos atrás e ainda assim se mantém tão vivo e presente como em sua estreia na extinta TV Manchete. E seu seu público, que apesar do tempo passado, ainda se mantém fiel à história, aos personagens, “Meteóros de Pégaso” e “Pó de Diamante”. Agora surge Saint Seiya Omega, uma nova versão para, ao mesmo tempo, alcançar este público ansioso por novas história e uma nova geração de crianças. O desenho começou a ser exibido no Japão domingo passado e seu primeiro episódio teve um evento mundial em parceria com o site CavZodíaco. Como nós não fomos convidados pra esta estreia (tá tranquilo, eu não guardo rancor), mas também somos fãs incondicionais dos Cavaleiros, era nosso dever dar um confere nesta nova história.

Na história, passam-se 25 anos após a batalha contra Hades e Atena está brincando com um bebê (pensem o que quiser…) em seu templo quando é atacada e atingida pelo vilão da vez, Marte. como certas coisas nunca mudam, eis que surge Seiya para salvá-la. Aí vemos a primeira drástica mudança, pois vemos um Seiya mais maduro e sério vestindo a armadura de ouro de Sagitário. É, Seiya foi promovido. Ele detém Marte, mas desaparece logo em seguida. Temos mais um pulo no tempo e o bebê que estava com Atena agora se chama Kouga e é treinado por Shina de Cobra para se tornar Cavaleiro, mas o rapaz não está muito interessado nisso. Depois que Atena é novamente atacada por Marte e desaparece, Kouga, que acaba sendo escolhido para usar a armadura de Pégaso, decide ir atrás dela para resgatá-la.

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Os pontos positivos: os traços da animação estão lindos e ver Seiya mais velho deixa uma enorme curiosidade de ver como os outros quatro devem estar.  Também fiquei curioso pra ver isso dublado, seria bem legal ver os dubladores antigos voltando aos seus personagens agora mais velhos e experientes. As lutas estão bem legais e rápidas, nada muito diferente da antiga versão, e a abertura já mostra muito do que vem por aí. Embalada pela nova versão de Pegasus Fantasy (que ficou muito maneira), vemos os “Cavaleiros da nova era”, mas ainda deixa um rápido espaço para mostrar os cinco originais. Parece que nessa versão, com exceção do Pégaso, eles vão mostrar cavaleiros que tinham participação menor no original, já aparecendo no segundo episódio o cavaleiro de Leão Menor, que era um borra-botas no original.

Mas nem tudo são flores e não gostei do design das novas armaduras. Parece uma roupa de Power Rangers, não tem cara de armadura como tinha o original e a última animação dos Cavaleiros, o Lost Canvas (que por sinal é muito maneira, se você ainda não viu corre atrás). E parece que agora na mitologia, além dos Cavaleiros terem uma constelação protetora, eles também terão um elemento específico. Nada que não houvesse no antigo, mas lá era mostrado de forma mais sutil, como Ikki e seus golpes de fogo, Shun controlando o vento, Hyoga o Gelo e Shiryu o “sem-camisa”, quer dizer, a água. Aqui eles fazem parte direta dos poderes dos Cavaleiros. Meio desnecessário, coisa bem pra crianças que crescem assistindo Bakugan e esses desenhos do gênero.

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Eu sempre fui mais a favor de refazerem o desenho original em HD, como foi feito com o Dragon Ball Z, acho que seria mais jogo. Mas ainda assim vale muito a conferida, principalmente para os fãs que esperavam uma nova história. Tomara que essa história esteja bem desenvolvida, e não apenas um apanhado de personagens com armaduras pra vender brinquedo. E caso você não goste, ainda tem o anime original pra você mostrar pro seu filho como você aprendeu sobre o Zero Absoluto e dizer que quando você tinha a idade dele tentou inverter o fluxo da água do seu chuveiro com um Cólera do Dragão. Ah, bons tempos aqueles…

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